História
vital
(Eder
Roberto Dias )
Desfaço-me
das atrocidades que se escondem por trás das paredes;
Viabilizo
tão somente o perfume de um sabonete que limpa meu corpo das impurezas lançadas
por um escapamento;
Sou
parte, sou arte, sou a liberdade.
Uma
liberdade que nasce de minha mente;
Que
indecente deseja amar...
A
bela mulher que se sobrepõe no borbulhar mais simples de nossa natureza.
Sou
o avesso da morte, a contrariedade da escuridão e a benção de um pai;
Caminho
sem ver, ouço sem compreender as palavras que são ditas e mal ouvidas;
Posso,
não posso; quero, não quero ser o que os outros desejam que eu seja.
Não
domino nada, não sei nada, mas posso me dar algo mais abrangente, algo coerente
com os medos que não aceito viver;
Sou
forte, sou avido, cálido e surpreendente;
Como
a folha de uma árvore que cai e fecunda a terra empobrecida.
Estou
aqui, ali e acolá...
Sou
o mar, a terra, o céu e tudo que se possa tocar;
Na
imensidão de cada coisa, na imensidão de cada momento e na história que se faz
na própria vida.
Sou
o sol do amanhecer, a gota fria de orvalho que seca diante do calor do dia;
Sou
pardo, sou o dardo mais efetivo de seu momento;
Sou
o amor que nasce quando você nasce e a dose certa de tristeza quando a morte
lhe beija.
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