Mentiu, temeu, sonhou

Mentiu, temeu, sonhou
                                                                 ( Eder Roberto Dias )


Somos a inconsequência de nossos medos;
A razão incoerente de nossa teimosia;
Uma realidade sem motivação e a transformação que nunca realizamos.

Estamos distantes do oposto;
Invertido na bondade...
Desestabilizado na busca e na orientação que nos faça ver o que não conseguimos ouvir.

Estamos nus em meio ao frio;
Vestimos vermelho no sangue amargo dos que nascem devendo;
Gritamos ao vento e o vento nos grita em ruídos que passam e não ressoam.

Quem de nós nunca mentiu?
Quem de nós nunca temeu?
Quem de nos nunca sonhou?

Somos o que podemos ser;
Diagnosticamos pouco... quase nada perante o muito que nos maltrata;
Bem pequenos nos fazemos, mas o que nos faz pequenos nos transforma em fortes.

Morremos ao norte, ao sul, ao leste e ao oeste;
Passamos pelo tempo e o tempo, passa por nós!

Com a ferocidade dos que nascem, choram e depois renascem em seus sonhos e mentiras que nunca se acabam ou se estabelece.

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