Um
soluço de desespero
( Eder Roberto Dias )
Chegamos a uma situação tal que não há mais o que ficarmos esperando. O cansaço e a descrença diante de nossas leis tem nos levado ao desespero e gerado a cada dia bandidos ainda mais covardes e violentos. Não estamos aqui para sermos alvos aleatórios de alguns que saem de seus esconderijos para roubar e matar nossos filhos, netos, irmãos, pais e transeuntes de uma nação doente e febril. Pagamos impostos extremamente caros e nada recebemos de concreto para que consigamos ter sossego e direitos alcançáveis e justos. Somos roubados por todos os cantos e invadidos em nossa cidadania que de cidadã não possui uma só verdade! Estamos atolados dentro de um vale de lágrimas e solidão ao qual chamamos de nação. Um amontoado de enganos e enganados que se espremem, correm, pagam e morrem antes do tempo, antes do final de nossas histórias mais fortuitas e importantes. É doloroso ver uma família ser sequestrada pelo susto absurdo de morrer em vida ao saber de mais uma barbaridade que bateu não desejadamente em seu portão. Um portão que hoje é de vidro e extremamente frágil. Essa fragilidade fomos nós quem permitimos, fomos nós quem nos alinhavamos quando não soubemos ou tenhamos desaprendido a exigir de nossos políticos uma visão apoiadora no impedimento dessa corrente má e de caráter de guerrilha. Vivemos sim, em uma guerra urbana, em uma disputa entre o bandidismo e o desejo de poder entre os gananciosos e covardes. Estamos tupiniquins vestidos de tangas e sem cocar!
Somos uma tribo de coisa nenhuma, uma vertente sem afluentes que nos localizem como gente ou como um povo que constrói o futuro de uma nação. Nosso amanhã esta duvidoso, ele se quer talvez venha a existir como base natural e verdadeira. Devemos pensar no quanto a normalidade de nossa democracia é mentirosa e agressiva para nós cidadãos apoiadores dos direitos mais simples que é a saúde, a segurança e a educação que não acontecem. Somos roubados aos quatro ventos de uma forma legalizada pelas leis que protegem os bandidos que fedem a estrume e as drogas que aceitamos compartilhar nos sinais e em nossos votos mal dirigidos e pesquisados. Nossa diferença mora ai, bem perto de nossa vida e de nossas muitas escolhas. Somos culpados, somos participantes dessa violência que ataca o nosso cotidiano. Devemos nos responsabilizar pelas escolhas que fazemos, pelo voto que depositamos em uma urna eletrônica que não descreve as nossas reais necessidades. As cidades viraram parque de diversão de bandidos que podem andar armados, que podem atirar e matar fortuitamente a quem lhes convier. Nosso mundo não deve ou pode continuar assim! Para cada pessoa que morre atacada por esses inescrupulosos senhores de facções antissociais, deveríamos nos culpar e sentir o quanto nossa casa está convalescida e desnorteada. Morremos todos pela falta de leis severas que poderiam afastar os políticos corruptos, os bandidos engravatados e os muitos donos da doença social que abala o prazer e o orgulho que já não temos de ser brasileiros. Amamos a nossa terra, a nação que nos deu vida, porém até quando um soluço de desespero ainda ecoará no vento que constantemente adentra por nossos ouvidos. O cansaço começa a se transformar em muitos outros sentimentos de desespero e dor. É chegada à hora de pararmos essa desgraça! Não devemos vestir luto o tempo inteiro ou visitar o cemitério para vermos famílias que enterram seus entes antes do tempo. A violência na qual estamos sendo submetidos e grave, burra e insana. Até mesmo os bandidos deveriam aprender que atacando as pessoas dessa forma irão matar a totalidade de algo que eles se quer conseguem saber o que esperar. Deles nascerão outras pessoas que serão atacadas por bandidos ainda mais destrutivos e maus. Estou cansado de ver na televisão os muitos roubos da soberania de um povo que paga seus impostos e recebe como agradecimento um tiro bem ao centro de seus olhos. Chega, chega e chega! Já é hora de pararmos essa insanidade. Nem mesmo em carros blindados conseguimos nos sentir protegidos. Eu quero poder ter orgulho da politica e das leis de meu país.
Escritor,
poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence...
Editora Gente
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