Artigo: Longe de nascer

Longe de nascer
                                                           ( Eder Roberto Dias )

Estamos sendo cobertos pela mentira, pela falta de critérios e por toda uma rede má que nos consome a vida e a realidade de nossos sentimentos. O nosso ontem se apregoa com mais tonalidade diante dessa massa corruptora e medíocre que nos toma a legalidade de nação e nos faz parecer sombras em meio ao deserto vazio. É assim que nos sentimos, é assim que estamos sendo destruídos em nossos princípios legais e humanos. Não sabemos mais o que fazer com tamanho desmando, com tamanha desorientação e carnificina ante ao povo brasileiro. Estamos semente, mas semeados por sobre um cimento que não nos faz nascer ou criar raízes que nos façam ser o que nunca fomos. Em verdade, as rosas não falam por não saberem entender o mundo mentiroso com que vivemos. Deixamos de sonhar, de acreditar e verbalizar o nosso medo. Morremos como moscas por sobre a carniça fedorenta dos conchavos políticos partidários dos barões do café e dos capitães do mato. Ainda moramos em um país colônia, colonizado por pessoas sujas, invejosas e com caprichos que os fazem parecer imortais. Por sorte eles também morrem, mas deixam suas larvas escondidas por entre a nossa pele, por entre a nossa carne que de tão consumida só os alimenta e nada nos dão. O imediatismo sem nexo de nosso grito pára na má cultura de socialização que ainda não sabemos gritar. Queremos vida, trabalho, respeito, direitos, proteção, educação, salário e um país que possa ser a potência máxima de nós brasileiros. Indo além desse absurdo corrompido pelos ladrões em seus podres poderes. Quem lutava por uma democracia mentiu, e quando banidos de seu solo, voltaram para desgraçar, inutilizar e enriquecerem perante o sofrimento de seus irmãos. Até quando seremos mortos por nossa saúde, por nossos excelentíssimos ladrões que nos fazem perder o sono e a liberdade em ir e vir? Não temos uma terra, assim como nossos índios que são cada vez mais expostos aos maus e disformes poderosos do nada, que se escondem por detrás de um partido nada representativo do povo brasileiro. Nosso voto tem sido jogado ao lixo! Por nossa mais íntima culpa e pela pouca visão sobre algo que é nosso e não deles. Cuba não é Brasil! Mas é lá que nosso governo alimenta recursos de nossos bolsos. Precisamos de modernidade, porém o porto que deveria ser nosso será deles. Nada contra Cuba ou seu povo, nada de imperfeito no que é deles, mas o nosso está longe de nossas mãos. Devemos pensar e aprender a exercer a nossa cidadania. Estamos afogados mesmo antes de começarmos a nadar. Ninguém deve temer andar nas ruas, ninguém deve deixar de comer algo porque os impostos coletaram tudo o que havia em nossos bolsos. Temos de encontrar um super herói que nos guarde e salve, e esse herói chama-se: democracia! Vamos encontrá-la e deixá-la trabalhar por nós, mas por enquanto ela está muito longe de nascer.

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