Artigo: Feliz 2016?

Feliz 2016?
      ( Eder Roberto Dias )


Por mais capazes que possamos ser, existem coisas que não podemos mudar. Existem situações que o tempo e a maneira de vida de cada pessoa descreve a realidade de sua existência. Perdi algumas pessoas que me eram e continuam importantes: minha mãe no meado de fevereiro, onde a luta me fez mais forte e direcionado as boas respostas da vida. O meu amigo Ary ao qual não pude dar o meu carinho por eu estar longe, porém próximo de tudo o que ele vivenciou em seus últimos dias e o Odoni que deixou a terra a menos de dois meses. Em contra partida fiz mais amigos e pessoas as quais admiro e respeito. Sinto que minha vida transcorre para um rio que me levará a um oceano de ensinamentos, descobertas e privilégios que vão além de minha noção humana. Quero poder ajudar, transformando para melhor o meio destrutivo com que vivemos todos esses muitos séculos, deve haver uma condição que possibilite o ser humano a ser dono de sua bondade e generosidade para com tudo o que Deus nos deu. Aprendi muito com o transcurso de 2015, aprendi a me ver diante de minha presença junto a tudo o que devo realizar em meu mundo para o mundo que contorna o meu espaço. Devo ser largo na bondade, devo ser abrangente em minha generosidade e devo me afastar de tudo que bloqueie a minha estada aonde às pessoas possam precisar de minha presença. Viajei a limites onde as pessoas poderiam duvidar, mas a viagem foi minha e acompanhada por algumas pessoas especiais que sabem muito bem do que afirmo. Desejo que Deus nos ilumine nesse novo ano que está por nascer, pois sem respeito, valores, leis, boas opiniões, caráter, disciplina, educação, verdade e confiança nos políticos de nossa nação sairemos ao final de 2016 mais pobres que em 2015. Mudar é preciso! Sem que hajam tantas demagogias baratas que inundam nosso alimentos de porcarias nada sociais. O sorriso amargo dos parentes dos mortos por erros médicos, balas perdidas, bandidos em suas saidinhas de banco ou na agressividade de tantos furtos nos envergonha. Não me sinto feliz, não estou de acordo com as barbáries que vivemos há muito tempo em um país que se diz democrático. Qual é a forma dessa tal democracia que nos faz obrigados a votar, qual é o poder dessa democracia se não temos leis que nos proteja ou educação que eduque nossos filhos e netos? O que temos são professores que praticamente pedem esmolas, que se sentem prisioneiros da maldade existente nos bandidos que se infiltram nas salas de aula para agredi-los e deixá-los com medo de educar. Não tenho o que ressaltar, a não ser, desejar um Brasil melhor, onde as oportunidades possam ser verdadeiras, onde os hospitais venham a salvar vidas, onde as leis prendam os ladrões em todas as instâncias sociais e políticas. Desejo que não haja tanta fome, miséria e ignorância alimentada pelo dissabor de uma falsa bolsa família de mortos de desconhecimento. O Brasil de 2015 morreu! Com os escândalos vergonhosos de nossos colarinhos brancos, morreu com cada lágrima derramada em uma comunidade pobre que viu uma criança inocente, um trabalhador e uma mãe serem apagados entre os muitos tiros cruzados, entre o suposto bem e o famigerado mal. Agora cada um de nós ira comemorar um novo ano, com fogos, comidas e abraços ao entorno dos muitos sobreviventes. Temos de saber ao certo quem reencontraremos no final de 2016, quem ainda se manterá vivo diante desse confronto onde ter pode ser um sinal de morte. Eu amo minha Pátria, mas minha terra já não é mais dos brasileiros que trabalham e pagam seus vultosos impostos onde nada descreve ou nos traz benefícios. Perdi muitos amigos no ano que finda, porém o que tenho percebido, é que perdemos a decência em nos proteger. O amor está egoísta, exclusivista e nada direcionador de uma nação verdadeiramente patriota. Só me resta descrever que a minha luta se faz e se fará sempre no poder da cultura, do amor e da consciência. Que nasça um novo ano, onde sejamos capazes de vencer aos nossos muitos esquecimentos. As possibilidades de luz ainda não foram acessas por nossa democratização, mas  a minha fé em dias melhores me faz acreditar e acenar para uma mudança real e libertadora. Que o novo ano de 2016 seja realmente novo!

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