( Eder Roberto Dias
)
Há
um espaço muito grande entre o nosso desejo de paz e a verdade real que nos
damos! Sem percebermos, mergulhamos no esgoto da tristeza e das desorientações
emocionais, pois nos fazemos presos as amarras doentes de uma sociedade
demagoga e sem veracidade de fatos que sensibilizem o amor que se afasta cada
dia mais de nosso cotidiano. As famílias estão deixando de se verem, de se
abraçarem ou de se manterem unidas no propósito mais simples que é a da
proteção e educação. As portas estão fechadas, e através dessa estrutura de
solidão, bagunçamos a evolução humana. A história de bem-estar está muito longe
de nossa real anarquia de dissabor, estamos à mercê do acaso e das conflitantes
mentiras que inalamos por nossa desarmonia de fé e compreensão. A banalidade da
falta de tempo tem sido a desculpa, tem sido a justificativa para as dores e respostas
ante-sociais que descrevem muito bem o quanto estamos desaprendendo. Não desejo
me ver diferente, mas em muitas ocasiões, me sinto inoperante ao bem que nunca
é projetado ou dimensionado na vida de cada um de nós. Marchamos apressadamente
para um grande desfiladeiro! Parecemos cegos anos confrontarmos com a vida
eletrônica que abafa a nossa voz e filosofia de irmandade. Somos anjos caídos em
meio à lama suja e fétida. Bebemos da água que nos envenena, porém nos mantemos
sorrindo para esconder o que não se consegue esconder. Como grandes mentirosos,
descobrimos a verdade que nos mata mais rápido na dor de nosso sufocamento. O
dinheiro, os bens matérias devem nos responder com um prazer que não é
alcançado pela falta de um abraço ou beijo de carinho e amor. Por onde andará a
nossa paz? Talvez nas lojas de um shopping? No carro de último tipo que chega a
300 km/h? Certamente não está! Essa paz começa com a simplicidade de um simples
desejo, de uma simples resposta que responda aos seus valores mais positivos. Querer
e reconhecer que ainda estamos engatinhando no que sejam valores humanos serão
nossos primeiros passos em direção de nossa paz interior. Saber olhar para
nossos filhos, netos e pais sabendo do sacrifício existente em tudo que
possamos ter será outro passo para nosso bem de vida. Como podemos perceber a
todo o momento, temos de priorizar valores que realmente consigam conduzir o
nosso melhor ao melhor de nosso futuro. Quem começa a melhorar em seu agora,
transformará o seu amanhã, em um mundo mais disciplinador e verdadeiro.
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