Sem
fim
( Eder
Roberto Dias )
Se
eu me esquecesse de tudo?
Das
coisas ruins que os homens reproduzem em suas teimosias...
Em
tudo que destrói a vida, a origem boa da criação;
Estamos
atropelados à beira da estrada, uma estrada com inicio, mas sem fim.
Onde
todos caminham na desmotivação em aprender que viver é mais que ter patrimônios
que o dinheiro possa comprar;
Somos
transeuntes da amargura que seca a garganta que não mais reproduz sons que
possibilitem a liberdade;
Somos
espectadores mortos de uma agonia que se acentua na intransigência dos ricos e
na burrice dos pobres.
Gargarejamos
o veneno que deveria ser cuspido ao invés de brincarmos com coisas sérias que
empobrecem a relação vital do estar;
Estamos
sentados e amarados pelo medo de dizer um adeus ao que não queremos sentir ou
ver;
Nosso
coração já não bate, ele apenas agoniza na expectativa negativa de não mais
alimentar nossas veias e órgãos com a vitamina de nosso arfar;
Meu
pensamento já não se cristaliza, não se alegra com o que vê ante aos olhares
vazios das pessoas que zumbem o zumbir dos zumbis.
Estamos
morrendo, matando a carne que sangra um sangue sem cor;
A
vitalidade do espírito está desconhecendo a energia do bem;
Malandramente
estamos sendo assaltados por nós mesmos;
Matando
o que deveria nascer, aprender e modificar;
De
nosso asfalto removemos a dor, o assassinato, o roubo e as malandragens que nos
deixam parados.
Não
vemos o céu...
Mas
apreciamos o mar infectado pela poluição que desarma a beleza suave da
regeneração do homem;
E
seu eu esquecesse tudo?
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