Uma nação

Uma nação
                                   ( Eder Roberto Dias )

Duvidamos tanto de nossa capacidade em pensar, que não pensamos e nos transformamos em números sociais de uma sociedade podre e doente;
Estamos convalescidos da febre dos estúpidos que se matam por um punhado de moedas... Moedas que não matam a nossa fome por justiça, respeito ou reconhecimento;
Vagamos nos vagões de um trem que nunca sai de sua estação.

As linhas dessa estrada de ferro não se prolongam, pois não descrevem a evolução de nosso aprimoramento em não temer o dia seguinte;
Pagamos para sorrir um sorriso sem dentes;
Vemos os pratos em nossa mesa vazios... Olhares mentirosos de quem se alimentou e não morre de fome;
As fezes aristocráticas dos que se sentem intocáveis escorrem por valas que passam de bairro em bairro adoecendo a carne e inutilizando o futuro de uma nação.

Da ignorância nascem os monstros;
Os mesmos que outrora nos trouxeram a doença do consumo, da intransigência e da anulação ao conhecimento;

Um poeta morre de tristeza em ver que sua visão de sabedoria cai na mesma vala que rouba de todos a dignidade humana.

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