Artigo: Uma verdade

Uma verdade ( Análise crítica )
                   ( Eder Roberto Dias )

Há em cada um de nós uma verdade que não se perderá em meio ao caminho mentiroso existente em nosso mundo. Um mundo de covardia, descaso e cheio de sentimentalismos baratos que apenas empregam o consumo do lado nada formal ou exato. Somos a saga de uma idolatria magistrada por covardes que se escondem em seus castelos rudes e sem brilho do sol. Manipulados estamos a caminho de uma cidade sem cidadania, sem páginas que glorifiquem a permanência dos inocentes que pagam em sofrimento o que nunca consumiram, o que nunca tiveram ou estabeleceram como raios de luz de sua própria felicidade em acreditar no que vêem. Votamos na mentira, no assassinato, na degeneração das leis que não nos são expostas como direitos de quem trabalha e mantém viva uma nação. Arfamos por uma realidade que, jogada ao solo, se transforma em lixo podre e cheio de vermes que se comem mutilando as multidões com promessas sem linhas de chegada ou de saída. Estamos na paralisação de nossos percalços! E, para que eu possa rimar a nossa tristeza com mais exatidão, descrevo: com os pés descalços em meio à areia da praia ao estalar de um sol de verão ao meio dia. E, que dia, será esse onde nada será mais importante que uma sandália que nos conforte os pés que queimam a força natural de nossa mente. Quem nos mente? A dor dilacerante ou a vaidade em esperar que alguém venha a nos socorrer de algo que podemos correr e nos fazer seguros e sem queimaduras. Nada se desfaz por completo, mesmo que o tempo, ultrajado por um relógio sem pulso fique parado em uma gaveta qualquer. A verminose dos ladrões deve ser parada, risca de nosso mapa patriarcal e cheia de constelações mortas no espaço sideral. Que sejam todos banidos de suas mansões, de seus carrões ou de um progresso cheio de retrocessos. Não há uma democracia em lugar algum do planeta que privilegie a tão sonhada liberdade humana. Somos brothers que se desconhecem, que não estabelecem a união que faria todo esse sistema epidemiológico deixar de nos matar em vida. A escravidão e suas amarras nunca deixaram de existir, nem mesmo quando ao nos descobrirmos gente nos tornamos pagantes dos pecados dos ricos e direcionadores de multidões. Somos essa multidão! Mutilada pelos feudais em seus feudos imortais. Somos nós quem morremos miseráveis e achatados por algo que aceitamos goela abaixo. Há uma só verdade a ser difundida: estamos parados em meio à sabedoria da massa que se apaga ante ao demérito dos que aceitam ser roubados e obrigados a pagar uma divida que nunca foi nossa. Estamos pobres em meio aos falsos nobres que açoitam os verdadeiros heróis desse planeta injusto devastado pela ambição dos que apenas destroem e nada constroem.  


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