Atropelo
( Eder Roberto
Dias )
O
que me agrada ou desagrada não tem sabor de marmelada;
Nem
me surpreende nas manhãs aonde a flor e seu orvalho embelezam o nascer do sol;
Contemporizando
a suavidade dos pássaros que gorjeiam em meio aos primeiros raios em sua
primavera.
Celestes
ainda se mostram as estrelas...
Que
desaparecendo desejam olhar a fonte natural de um novo dia.
Somos
o grito que gritado se ensurdece em meio às campinas;
No
horizonte ainda com pouco brilho, mas de que me vale o brilho, se algo me
escurece a mente;
Uma
mentalidade que regurgita a solidão e apanha na contramão as minhas
inconstantes opiniões.
Sou
o atropelo de um suicida;
A
devassidão de uma rampeira em sua falta de convicção.
Em
nada deveria pensar que não fosse à razão de não me questionar;
Sou
a marca viva de uma descoberta;
A
inocência boa de sobreviver e sorrir aonde muitos se fizeram matar.
Agradeço
por essa manhã;
Pela
vida que ainda habita em mim.
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