Poesia: Minhas mãos

Minhas mãos
                                (Eder Roberto Dias)

De minhas mãos nascem às palavras que compõem a harmonia de uma poesia;
Vejo o raiar do sol na luminária justa da vida;
Uma excelência astral que se interpõem na positividade de meus sublimes sentimentos...
Sou a arte desarmonizada com os desejos de meu Criador;
Crio em cópia, e nunca, na poderosa força de Deus.


Um rouxinol canta a sua canção vespertina;
As águas de um riacho aceleram sua velocidade para compassarem em dó o sol de mi;
Sou apenas um espectador silencioso, pois em minha ação humana, destoaria a leveza dos inocentes;
Gotejando o orvalho às folhas me ensinam como alimentar a terra agradecida pela bondade de alguém que também agradece a friagem da madrugada;
Tudo surge em minha visão...
Na audição que cala a minha voz.


Em louvor me aquieto como um tronco já seco e morador de um pequeno espaço;
Estou fascinado, crente, absolutamente envolvido na complacência cirúrgica de algo que ultrapassa o entendimento de quem vive de amor;
Mesmo um admirador da vida é incapaz de viabilizar em um papel em branco a paixão que consigo sentir por tudo que Deus me dá;
Recebo, transcrevo e no silenciar de minha inconsciência, me apresento ao mundo vasto de minha espiritualidade...

Estou vivo poetizando algo que muitos se quer um dia conseguirão perceber.

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