Artigo: Falso sol

Falso sol (Análise crítica)
                       
                        ( Eder Roberto Dias )


O que estamos fazendo com a nossa relação com Deus? Discutimos na separação de algo que deveria nos unir! Há uma estrela que unicamente nos vê indo de um lado para o outro sem se quer aprendermos que estamos em um mesmo lugar. O planeta azul está cinzento em meio às fumaças tóxicas que lançamos ao ar, estamos separados e acreditando em coisas que não nos apresentam o domínio verdadeiro de nossa representação. A vida acontece na tristeza de não reconhecermos a liberdade que não nos damos ou fazemos que aconteça na boa justiça dos que aceitam a si e aos outros. O muro das lamentações está se espalhando pelo mundo, pelas poucas compreensões de amor que diluídas esvaem-se na tonalidade negra de nossas ambições de vulto econômico. Vendemos a nossa alma para uma riqueza que nos empobrece o espírito, que aniquila a sabedoria que se prende aos fleches de uma câmera que nos faz ser monstros desconhecedores de quem somos. Assim tem sido a nossa falsa fé de orientação ao espírito! Vagamos como se os balões do tempo pudessem ser controlados em meio ao vento que nos leva para longe.  Estamos esquecidos dos sorrisos, da gentileza de um som saudável de bom dia. Nada que desejamos nos referência a uma justa harmonia de desejos que possam nos dar o amparo de não temer a nós mesmos. Gritamos por um socorro que poderá ser alcançado pelo silêncio em não mentir. Nossas bocas estão descontroladas nas ofensas e nas inerentes formas de destruição que de nada ajudará na dor que sentimos por não ter o que o dinheiro não conseguirá doar. Falamos de uma presença onde tudo mora no poder do que temos no valor de um cartão e seu poder de compra. Não há como negarmos a insensatez dos que adormecem nas páginas mal lidas de um livro inacabado e largadas na rua. Ao nos conduzirmos em referências que sejam apenas cópias, entraremos no túnel da escuridão, onde o caminho será para um centro dentro de outro centro cheio de dor e sacrifícios de imbecilidade e nada santificadoras. A germinação desse inferno está sendo o que nos temos dado! A verdadeira religiosidade está nas atitudes justas que damos a nossa igualdade. Enquanto acreditarmos nas soluções de vários deuses morreremos como os muitos inimigos dos Hebreus. Nossa fantasia de exclusividade chama-se preconceito, e nada que nos faça maior que somos poderá servir de crescimento e auxilio de vida. Quem demonstra a ilusão como discussão de presença com Deus, está morto em sua sonora vaidade de luz. A escuridão também brilha! Nos olhos daqueles que se instalam na ganância de suas falsas doutrinas. Ninguém ter que ser igual a ninguém! Apenas ajustar-se na realidade existente na bondade que compartilhe a suavidade de não julgar ou condenar ninguém. A justiça do bem é o equilíbrio de dar o que todos necessitamos ter. Deus espera que sejamos seres humanos pensantes e criadores do amor mais profundo que possa haver em nossos corações. Porém, o rio que seria de águas claras está poluído e mal cheiroso. Até quando brincaremos de criar religiões que mascaram a nossa pior forma de ser? A maldade também tem cor, tem inteligência e se esconde na presença de um falso sol.

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